Um
dos motivos de não vermos o tempo passar é que geralmente as coisas são todas
iguais. Levantamos cedo, fazemos a visita ao banheiro, tomamos nosso café com
leite e pão, vestimo-nos, seguimos para o trabalho, damos bom dia e damos conta
de nossos afazeres até o final do dia onde voltamos para casa e dormimos para
levantarmos no outro dia e iniciarmos tudo novamente. Aiai...
A
questão aqui é que neste Natal há algo diferente. Não, não é a árvore que este
ano é maior que eu, nem a chuva que não pára de cair desde o início de
novembro. Também não são os presentes que ainda não comecei a comprar. Ainda é
outra coisa.
A
verdade é que mesmo rodeada de pessoas, sempre me senti numa ilha. E pode ser
este o diferencial. Não estou mais só e jamais serei novamente. A presença é
constante e inegável. Onde quer que eu vá lá está ele, vendo e ouvindo tudo que
faço e falo. Até meus pensamentos parece ouvir, sorrindo e chorando comigo,
sendo complacente e condescendente. Um amigo, ou, o maior deles.
O
que de certa forma me incomoda é que ainda não o conheço, é como se estivesse
vivendo às vésperas de um encontro às escondidas e, mais que isso, esse
encontro não pode dar errado, não podemos nos estranhar, teremos que dar certo
desde o primeiro instante.
É
estranho, é muito estranho, mas o que sinto é que já amo este indivíduo que nem
conheço, que não sei quem é, nem ao menos como é, mas espero, do fundo do meu
coração, que ele também me ame e que este amor seja realmente um amor pra vida
toda!
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