quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O CASO DOS PAPEIS QUE "CRIARAM"

Eu não sou cientista, bióloga ou coisa parecida. Sou apenas uma pedagoga que gosta de escrever. Mas, ultimamente, alguns acontecimentos levaram-me a investigar se os papeis (papel mesmo, folha de chamex, A4 ou Ofício) são seres vivos e, portanto, sexuados.
Os fatos que determinaram esta investigação são observados de duas semanas para cá, onde a cada momento (não de um dia para o outro, mas a cada levantada minha da cadeira) tenho notado que os papeis em minha mesa tem se multiplicado.
São papeis de todos os tamanhos, formatos, cores, espessuras, digitados, manuscritos, rabiscados a lápis, caneta azul, vermelha, preta e até verde. É uma imensidão de papel sem procedência aparente que vem causando incômodo não só a mim, mas a todos aqueles que por ventura entram em minha sala.
Minhas investigações levaram-me a interpelar diversos colegas de trabalho a respeito da procriação dos papeis em minha mesa e todos, em comum acordo comigo, concluíram que algo de muito estranho vem acontecendo em minha mesa e em seus arredores (porque eles estão se expandindo para outras paragens).
Quem me deu o parecer final nesta investigação foi a Lurdinha (meu outro anjo sem asas, pessoa de Luz e Espírito). Ela me disse que todas as manhãs, quando vai limpar minha sala ela encontra um emaranhado de papeis atrás do latão de lixo, debaixo da mesa.
Bingo! Encontramos o ninho dos "dito cujos" e por mais que queiram me provar que os papeis são celulose e procedem de inocentes árvores após processo de industrialização, eu afirmo que os da minha mesa são seres vivos, sexuados, que estão fazendo orgias em baixo da minha mesa e, o mais interessante, o período de gestação deles é mais curto que o dos ratos.

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