O ambiente é quente. Não só pela temperatura climática, mas também pela temperatura dos ânimos. Tudo cheira à novidade: as paredes coloridas, os sorrisos tentando fazer tudo parecer o mais normal possível, as gentes grandes e estranhas, as gentes pequenas menos estranhas, mas ainda assim diferentes. Até a água era novidade, pois seu acesso era mais complicado.
Assim, em meio a todas as novidades, aparece outra gente grande ainda “mais grande”, que também sustentava um sorriso que queria dizer que tudo era simples e normal. Com algumas palavras apresentou-se e sentou-se no fundo da sala aonde, uma a uma, as gentes pequenas iam se achegando e sentado.
A princípio eles vinham com olhos arregalados, meio tímidos e sem saber o que iriam encontrar ali, mas aos poucos iam relaxando. Falavam de suas vidinhas, nomeavam os irmãos e amigos mais chegados; falavam de suas aventuras secretas nos momentos de folga, de suas comidas prediletas e até de alguns animais que lhes metem medo.
Uma dessas gentes pequenas disse que em poucos dias daria mais um passo em direção a tornar-se uma gente grande e contou, detalhadamente, como seria a festa deste momento tão importante, das visitas que receberia, dos presentes que ganharia, dos comes e bebes que estava preparando, da felicidade que anunciara-se.
Assim, um a um, aos poucos os olhos deixaram de arregalarem-se, os risos deixaram de ser amarelos para encher o ambiente com sua sonoridade autêntica, e a estranheza foi diminuindo-se. Mas a novidade persistiu, e espero que assim continue, pois o novo estimula, excita, instiga e dá animo para a caminhada destas gentes tão pequeninas que estão apenas iniciando-se no universo alfabetizado e letrado.
rsrsr
ResponderExcluiruhuuhuhhh...
é só o começo, vamos que vamos...
Que essa fascinação persista durante o ano todo, em todos os momentos do trabalho, inclusive com 'as gentes grandes'!!
Tem certeza q não dá pra pular a parte das gentes grandes???
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