quarta-feira, 29 de abril de 2009

RENASCIMENTO

Em meus pensamentos sempre faço analogias a respeito de outras épocas da história, hábitos, costumes, cultura, sociedade, etc. Entretanto, nunca me imaginei vivendo em uma outra época...
Se eu tivesse nascido na Idade Média realmente seria um desafio, principalmente se eu tivesse o espírito que tenho hoje, pois imagina só, uma pessoa que não concorda com a vida como é nos dias de hoje, com as relações pessoais como são tratadas hoje, com a hipocrisia das pessoas hoje, conseguiria viver, ou sobreviver, na “Era das Trevas”?
Com certeza seria queimada em alguma fogueira como bruxa, ou ocorreria algo parecido comigo a respeito das críticas que faria, dos problemas que causaria e das confusões acerca do meu jeito de ser e pensar...
Também não consigo prever como seria minha educação naquela época, tendo em vista meu passado real, cuja família possui um castelo na Alemanha, o castelo de Lerbarch, provavelmente eu faria parte da classe dos nobres e receberia uma educação privilegiada proporcionada pelo clero, assim, acredito que seria mais nojenta ainda do que sou hoje.
Consegui fazer você rir? Espero que sim, porque realmente nunca me imaginei em outra época e vou pensar a respeito e fazer esta tarefa em outro momento. A próxima etapa do nosso desafio é uma análise futurista da minha realidade atual, acho que vai ser mais fácil escrever assim.
Espero que goste deste texto porque escrevi com muito carinho para você, "meu anjo sem asas". Um grande beijo e um abraço bem carinhoso. Te amo!

Patrícia Lerbarch
22 de abril de 2009
20h41min

segunda-feira, 13 de abril de 2009

RIR ATÉ CHORAR

Você já parou para pensar o quanto é bom rir? Rir mesmo, de gargalhar... rir até chorar...
Eu não me lembro qual foi a última vez que isso aconteceu comigo, mas confesso que gosto muito de rir. Mas rir de verdade, rir até o canto da boca e as bochechas doerem, rir de ficar com dor na barriga e de deixar as lágrimas rolarem sem censura.
Pensando melhor agora, me recordo de uma reunião que tive com algumas amigas há algum tempo... nesta reunião, uma de minhas amigas contou algumas de suas histórias hilárias, que me fizeram chorar de rir, gargalhar até sentir dor na barriga e nas bochechas.
Foi muito bom sentir aquele prazer, o prazer que só é sentido quando se é feliz de verdade, sem se preocupar com quem está por perto te olhando ou julgando o que quer que seja que você está pensando, fazendo, dizendo, sentindo...
Sabe há quanto tempo que não rio de chorar, ou choro de rir? Também não sei, mas acabei de descobrir que faz tempo demais...
Quer rir comigo até suas bochechas doerem e as lágrimas rolarem pelo seu rosto? É só vir até mim que estou disposta a relembrar este prazer tão maravilhoso que há tempos não gozo.

domingo, 12 de abril de 2009

Me recuso a dar um título a este texto

Alguém disse certa vez que homem algum é uma ilha; mas bom seria se pudéssemos ser, ao menos uma vez, uma ilha, isolados de outros e todas as cargas que estes outros trazem consigo.
A solidão sempre fez parte da minha vida, mesmo nos momentos mais "povoados" eu me sentia só, triste e desamparada. Às vezes a solidão é tão tênue que pode ser até tocada, ou mesma repartida com uma faca...
Se aprendi alguma coisa neste meu curto tempo de vida, é que a vida é curta, e o tempo se esvai como os grãos de areia numa ampulheta. Se assim o é, porque marcamos passos sobre caminhos que sabemos que não nos levarão a lugar algum? Por que não buscar um novo ângulo para analisar a vida senão aquele que nós deixa infelizes e nos sentindo sós?
Talvez porque não tenhamos sido ensidados a lutar pelo que "realmente" queremos, aquilo que "realmente" nos faz felizes, mas sim buscar o que é conveniente, cômodo, adequado...
De uma coisa estou certa, a vida nunca é o que ela aparenta ser, ela nunca se apresenta "realmente" nua e crua, muito pelo contrário, ela procura nos engabelar, nos enrolar, mostrando-se dócil, fácil, simples, para que nós, quando a achamos complicada, nos sintamos culpados por isso e tenhamos vontade de nos isolar numa ilha...

sábado, 11 de abril de 2009

Afinal, o que é Páscoa?

-Papai, o que é Páscoa?
-Ora, Páscoa é... bem... é uma festa religiosa!
-Igual ao Natal?
-É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na Páscoa,se não me engano, comemora-se a sua ressurreição.
-Ressurreição?
-É, ressurreição. Carmen, vem cá!
-Sim?
-Explica pra esse garoto o que é ressurreição pra eu poder ler o meu jornal.
-Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o queaconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Eleressuscitou e subiu aos céus. Entendeu?
-Mais ou menos... Mamãe, Jesus era um coelho?
-O que é isso menino? Não me fale uma bobagem dessas! Coelho! Jesus Cristo é o Papai do Céu ! Nem parece que esse menino foi batizado! Jorge, esse menino não pode crescer desse jeito, sem ir numa missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensou se ele solta uma besteira dessas na escola ? Deus me perdoe ! Amanhã mesmo vou matricular esse moleque no catecismo!
-Mamãe, mas o Papai do Céu não é Deus?
-É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Você vai estudar isso no catecismo. É a Trindade. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.
-O Espírito Santo também é Deus?
-É sim.
-E Minas Gerais?
-Sacrilégio!!!
-É por isso que a ilha de Trindade fica perto do Espírito Santo?
-Não é o Estado do Espírito Santo que compõe a Trindade, meu filho, é o Espírito Santo de Deus. É um negócio meio complicado, nem a mamãe entende direito. Mas se você perguntar no catecismo a professora explica tudinho!
-Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?
-Eu sei lá! É uma tradição. É igual a Papai Noel, só que ao invés de presente ele traz ovinhos.
-Coelho bota ovo?
-Chega! Deixa eu ir fazer o almoço que eu ganho mais!
-Papai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?
-Era... era melhor, sim... ou então urubu.
-Papai, Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, né? Que dia ele morreu?
-Isso eu sei: na Sexta-feira Santa.
-Que dia e que mês?
-Sabe que eu nunca pensei nisso? Eu só aprendi que ele morreu na Sexta-feira Santa e ressuscitou três dias depois, no Sábado de Aleluia.
-Um dia depois!
-Não três dias depois.
-Então morreu na Quarta-feira.
-Não, morreu na Sexta-feira Santa... ou terá sido na Quarta-feira de Cinzas?Ah, garoto, vê se não me confunde! Morreu na Sexta mesmo e ressuscitou no sábado, três dias depois! Como? Pergunte à sua professora de catecismo!
-Papai, porque amarraram um monte de bonecos de pano lá na rua?
-É que hoje é Sábado de Aleluia, e o pessoal vai fazer a malhação do Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.
-O Judas traiu Jesus no Sábado?
-Claro que não! Se Jesus morreu na Sexta!!!
-Então por que eles não malham o Judas no dia certo?
-Ui...
-Papai, qual era o sobrenome de Jesus?
-Cristo. Jesus Cristo.
-Só?-Que eu saiba sim, por quê?
-Não sei não, mas tenho um palpite de que o nome dele era Jesus Cristo Coelho. Só assim esse negócio de coelho da Páscoa faz sentido, não acha?
-Ai coitada!
-Coitada de quem?
-Da sua professora de catecismo!

Luiz FernandoVeríssiomo

sexta-feira, 10 de abril de 2009

VIDA REAL

A vida é um emaranhado de sentimentos e emoções que vão se entrelaçando mo do dia a dia e transformando a nossa existência, sem que nós nos demos conta do quanto estamos envolvidos com o que fazemos, com quem convivemos e o que realmente somos.
Desde muito cedo aprendemos a viver em sociedade. Mas não a sociedade real, uma sociedade que esconde sua face diante de pessoas que se conduzem convenientemente, ou que se portam como corretas apenas para conquistarem nossa confiança e retirarem de nós o que temos de melhor, de mais precioso, de mais puro.
A sociedade real exclui os mais fracos, aqueles que não sabem se defender ou se virar sozinhos diante das dificuldades da vida. Estes excluídos, obrigados a conviver nesta sociedade, posto que é a única existente, aprendem a disfarçar seus sentimentos, suas emoções e a engolir suas frustrações.
Diante desta situação nos deparamos com pessoas que escondem a sua própria identidade, que passam a vida inteira se mostrando uma pessoa que realmente não são, com sentimentos que não são seus, e emoções que não gostariam de sentir.
Estas pessoas se escondem por trás de felicidades artificiais, conquistadas com muito esforço e trabalho que não lhes traz prazer, apenas uma sensação agradável momentânea, que, quando passa, deixa um gosto amargo na boca e que aos poucos vai criando vincos no rosto, nas mãos e no coração destas pessoas que acabam por não deixar apenas o gosto amargo na boca, mas também toda uma existência amarga.
A conseqüência disso é um círculo vicioso que leva a maioria das pessoas a não compreenderem o real sentido de suas vidas, após uma vivência de vários anos, e a transferirem esta frustração a seus descendentes e a sociedade da qual fazem parte, o que parece não ter fim e alimentar o tal círculo...
Confuso, não é? Não é não... é vida real... reflita sobre isso e verá que tenho razão!