domingo, 12 de abril de 2009

Me recuso a dar um título a este texto

Alguém disse certa vez que homem algum é uma ilha; mas bom seria se pudéssemos ser, ao menos uma vez, uma ilha, isolados de outros e todas as cargas que estes outros trazem consigo.
A solidão sempre fez parte da minha vida, mesmo nos momentos mais "povoados" eu me sentia só, triste e desamparada. Às vezes a solidão é tão tênue que pode ser até tocada, ou mesma repartida com uma faca...
Se aprendi alguma coisa neste meu curto tempo de vida, é que a vida é curta, e o tempo se esvai como os grãos de areia numa ampulheta. Se assim o é, porque marcamos passos sobre caminhos que sabemos que não nos levarão a lugar algum? Por que não buscar um novo ângulo para analisar a vida senão aquele que nós deixa infelizes e nos sentindo sós?
Talvez porque não tenhamos sido ensidados a lutar pelo que "realmente" queremos, aquilo que "realmente" nos faz felizes, mas sim buscar o que é conveniente, cômodo, adequado...
De uma coisa estou certa, a vida nunca é o que ela aparenta ser, ela nunca se apresenta "realmente" nua e crua, muito pelo contrário, ela procura nos engabelar, nos enrolar, mostrando-se dócil, fácil, simples, para que nós, quando a achamos complicada, nos sintamos culpados por isso e tenhamos vontade de nos isolar numa ilha...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante!