sábado, 21 de novembro de 2009

COMPRAM-SE IDEIAS


Temos o hábito, muitas vezes, de comprar ideias. E fazemos isso sem ao menos perguntarmos o preço que será cobrado por esta ideia. Eu, pelo menos sou assim, adoro ideias inusitadas, diferentes, “belas ideias” que geralmente saem muito caro.

Há algum tempo, por ocasião do aniversário de uma amiga, numa época em que as belas ideias estavam parcas na minha mente, na vontade de presentear de forma diferenciada esta minha amiga, comprei a ideia de uma outra amiga em comum, mais uma vez, sequer me dando conta do preço, da trabalheira, de fazer valer aquela belíssima ideia.

Busquei entre os demais amigos alguns colaboradores para encontrar o presente especial sugerido e colocar em prática a ideia recém comprada, mas, ou eles não estavam tão entusiasmados quanto eu ou, simplesmente, a autora da ideia e a compradora da mesma é que estariam predestinadas a realizar todo o processo de aquisição daquele presente especial.

Nesta busca desenfreada, duas semanas se passaram até a véspera do aniversário. Era então o dia derradeiro, ou encontrávamos o presente ou daríamos qualquer outro (o que nos parecia impraticável!).

Fomos a todos os pontos possíveis naquela tarde, ligamos para diversas pessoas, fizemos inúmeros contatos, até que descobrimos que o presente especial, aquele da ideia comprada, estaria numa cidade vizinha, há cerca de 100 Km de mim.

E lá fomos nós: eu (compradora de ideias) e minha amiga (vendedora de ideias). Sexta-feira, 4h da tarde, chuva, estrada repleta de carros... até que chegamos.

Quando vimos o presente especial foi amor à primeira vista, era exatamente aquilo que imaginávamos e procurávamos há duas semanas, a imagem perfeita da ideia comprada às escuras.

A quatro mãos, o presente foi colocado com todo cuidado no carro (ainda debaixo de chuva), e transportado com toda amabilidade num colo macio e carinhoso, como se fosse um bebê que acabara de nascer.

Como havíamos passado a tarde toda nesta jornada, aproveitamos para tomar um suco e comer um bolinho de bacalhau (que de tão quente queimou minha boca) numa lanchonete ali pertinho. Aproveitaríamos também para colocar o papo em dia se o dono da lanchonete tivesse deixado, porque o moço ficou o tempo todo ao nosso lado no balcão falando desenfreadamente do tempo, da receita do bolinho, da escolha do ponto para a lanchonete e de tudo mais que viesse à sua ideia.

No domingo, quando fomos almoçar com nossa amiga aniversariante e vimos seus olhinhos brilharem, quando recebeu de nossas mãos aquela linda arvorezinha, que alguns chamam de bonsai, percebi que valeu cada centavo pago pela louca e bela ideia que havia comprado.

Um comentário:

  1. Oi, Patrícia

    Posso dizer que essa sua amiga é muito abençoada, por poder contar com essas amigas em comum que tanto se esmeraram em um presente de aniversário! Rsrsrs
    E tenho a mais absoluta certeza de que a fizeram muito feliz com ele...

    Obrigada, meu anjo...
    Continue comprando essas "belas ideias"

    Bj e todo o meu carinho

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