Estive
pensando no amor perfeito. Talvez porque advenha do dia das mães; talvez porque
esteja prestes a dar a luz à primeira filha gerada em meu ventre; ou talvez
simplesmente porque meu coração esteja querendo discutir o amor.
Quando
a gente é criança, não entende bem o que é “amor”. Apenas sabemos, sentimos,
quando as pessoas amam-nos ou não. E amamos também! Dizem que amor de criança é
mais verdadeiro, porque elas não sabem fingir; eu diria que é um amor mais
dependente, necessitado, até sofrido mesmo, mas puro, sempre puro.
Depois
vem a adolescência e os “amores” passam a ser “únicos”, “eternos”, “superiores”
a tudo e a todos. Um amor tão intenso e lindo que pode tornar-se até perigoso,
destrutivo para o adolescente e seu objeto de “amor”.
Com
o tempo a gente vai crescendo e as formas de amar vão alterando-se,
amadurecendo, personificando-se; principalmente se nosso primeiro amor (talvez
até aquele “eterno” da adolescência) nos faz sofrer.
Geralmente
nesta etapa da vida a gente descobre verdadeiramente o que é amar e o que é
sofrer por este amor (ou não). Aprende a diferenciar amor de mãe, amor de
filho, amor de família, amor de amigos, amor de amante, Amor, amor... Aprende a
conviver com este sentimento que nos acompanha desde a concepção, mas que é o mais
difícil de definir (explicar, então, está fora de cogitação).
Se
tivermos sorte, nesta etapa da vida já experimentamos o Amor Supremo e nos
abastecemos Dele a tal ponto que passamos a procurar amores mais significativos
entre nossos iguais. Significativos ao ponto de desprendermos de nossas
convicções, verdades, pretensões e até de alguns sonhos para senti-lo
plenamente, vivê-lo intensamente. Mas nosso coração nem sempre está preparado
para este desprendimento. Lutamos, relutamos, queremos a perfeição; tudo aquilo
que sonhamos por tempos a fins, tudo aquilo que nossa mente fantasiosa imaginou
por ser o “ideal”, o “amor perfeito”.
Esperamos
mais do que buscamos, buscamos mais do que necessitamos, necessitamos mais do
que encontramos.
Eu
sei que no mercado há uma diversidade enorme de amor (eu mesma já encontrei
diversos dele). Eu sei que o amor perfeito existe, mas não entre os homens. Eu
sei que o amor é carregado de atitude, tanto quanto de sentimentos, portanto
muitas vezes, o seu formato, a sua intensidade, a sua força, depende mais de
mim que dos outros. E para viver o amor que procuro, talvez nem precise estar
preparado, precise apenas despir-me daquilo que chamam de comodidade e
cercar-me daquilo que chamam coragem (dizem que coragem é agir com o coração).
O
certo é que não deixaremos de sofrer porque optamos por amar, talvez até
soframos um bom bocado vivendo este amor; mas o fato é que sofreremos ainda
mais imaginando como poderia ter sido este amor, como poderia ter mudado nossas
vidas, quantos momentos felizes poderíamos ter tido, quanta supremacia haveria ao
experimentar este amor que, com certeza não é perfeito, mas que foi destinado
pelo Perfeito.
Hummm...agora posso comentar novamente. Confesso que ainda não havia me acostumado com o outro formato...rsrs
ResponderExcluirAlguma identificação com o texto, mera coincidência?rs
Gostei, tava com saudades deles publicados por aqui. o que uns bons e merecidos dias 'de pernas pro ar' - literalmente, né? - não fazem, hein?!
E a Clara Virgínia, vem ou não vem? Frio e chuva, ohh delíciaaa!!
Na expectativa também, viu?
Bjão
Meu anjo, coincidências não existem... É sempre gratificante quando gosta do que escrevo. Clarinha vem sim, sexta-feira, se Deus quiser! E abençoada pela chuva Divina. Poderia ser melhor?
ResponderExcluirBjo