terça-feira, 29 de maio de 2012

OUTRA DE GALINHA


Estive pensando onde surgiu a ideia das canjas de galinha caipira serem o prato principal das mulheres de resguardo; busquei até informações rápidas no “Mestre Google”, mas o máximo que consegui foram diversas receitas (que na verdade culminavam no mesmo prato com poucas alterações) e algo sobre a carne da galinha ser melhor digerida e suas vitaminas acrescidas dos legumes da canja promovem um melhor restabelecimento da paciente pós-parto. Já o fato da galinha ser “caipira”, creio eu que esteja relacionado ao nosso regionalismo mesmo, nossas culturas arraigadas no interior e nos ditos populares.

A verdade é que semana passada apareceu outra galinha caipira aqui em casa e, com ela, outra história interessante.

Em visita a mãe de uma amiga ofereceu-me uma galinha para a canja e encarregou a filha (minha amiga) de pegar a galinha em seu quintal, matá-la, limpá-la e trazê-la para mim com apenas uma recomendação: havia duas galinhas que estavam botando (chocas) e, portanto, minha amiga devia evitá-las.

Como a visita foi a noite e no dia seguinte minha presenteadora viajaria ainda de madrugada, lá foram as duas, mãe e filha, ao quintal, no escuro, ver quais as duas galinhas deveria estar de fora da escolha.

Minha amiga é uma pessoa maravilhosa, prestativa, carinhosa, dedicada, mas, coitada, tem a cabecinha nas nuvens. Quando no dia seguinte foi escolher a galinha, já não sabia mais quais galinhas não poderia abater. Diante da dúvida, escolhia uma, ligava para a irmã e colocava a galinha cacarejar no telefone para que a irmã dissesse se aquela galinha estava ou não choca.

Deu para visualizar a cena? Uma galinha cacarejando ao telefone dizendo se era ou não choca para a irmã que estava no outro lado da linha. E foi assim outras duas ou três vezes, até que ambas concordaram que a dita galinha que agora cacarejava ao telefone não estava choca.

O restante da história correu “normal”: a galinha foi morta, limpa, picada e, claro, virou uma deliciosa canja que ajudou em meu restabelecimento e no ajuntamento do leite para minha bebê. 

Agora é esperar as próximas galinhas caipiras e suas histórias surpreenentes.

2 comentários:

  1. Ah, fala sério, hein!!rsrrs
    Só um detalhe, dona entendida de galinhas, galinha choca não bota, era as chocas que não podiam ser capturadas pra matar e não as galinhas que estavam botando...
    Mas fazer a galinha 'resmungar' ao telefone pra ver se estava choca, foi engraçado mesmo!!kkkk

    Bj, nem quero ver qusl vai ser a próxima história de galinha, rsrsr

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  2. rsrsrsrsr... não sou mesmo entendida de galinhas, mas pode ter certeza que vc se superou colocando-a ao telefone, ninguém baterá vc nessa, mas vamos esperar, mais galinhas virão... rsrsrs

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