terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

EM BUSCA DO SAPO ENCANTADO


Desde que meu príncipe encantado (com cavalo branco e tudo) se transformou em sapo há cerca de três anos, deixei de acreditar nos contos de fadas, no papai noel, no coelhinho da páscoa e no “amor pra vida toda”.

Entretanto, teve uma “gente” que me disse que sozinha não dá pra ficar, que eu me tornaria amarga, frustrada, essas coisas assim. E, já que não pretendo estragar o dia de quem é obrigado a conviver comigo com rabugices desse tipo e não acreditando mais em príncipe encantado, resolvi abrir espaço para algum eventual sapo que esteja disposto a ser feliz ao meu lado ou, no meu caso, um “sapão”.

Lendo a Revista Nova Escola (meio comida pelo Hulligan) neste domingo pela manhã, achei um poema divertido de Márcia Paganini Cavéquia que reflete bem meu atual estado de espírito, então aí vai o dito:

A menina e o sapo
Nina, menina airosa,
Formosa como ela só.
Bonito era ver Nina correr.
Ora corria rápido, feito tufão,
Ora devagar, parecendo brisa,

Nina corria pelo jardim.
Nina caía no gramado.
Nina fazia folia. E ria.

À noite, cansada das
Travessuras do dia,
A menina dormia.

Certa vez, enquanto passeava
Pelo jardim, Nina viu um sapo.
Sapo também viu Nina.
“Será que, se Nina beijar o
Sapo, sapo vira príncipe?”
Nina não sabia, mas ficava
Imaginando como isso seria.

Nina beijou o sapo.
Sapo continuou sapo.
Não virou príncipe.
Mas se apaixonou por Nina.

Agora, onde Nina está,
Lá se vê o sapo apaixonado
Suspirando pela menina.

Na cabeça do sapo,
Nina é uma princesa-sapa,
Transformada em menina
Por uma terrível feiticei
ra.

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