sábado, 17 de outubro de 2009

ÉTICA E DIPLOMA


Li alguma coisa estes dias relacionada à ética, que no futuro terá mais valor que um diploma de Graduação. No momento, achei muito interessante, mas só isso. Não parei para refletir a respeito.

Hoje, um tanto menos concentrada nos inúmeros afazeres cotidianos, entre pessoas de diversas características, totalmente relaxada e avessa a problemas maiores, parei para analisar sobre a banalidade das coisas, das pessoas, dos acontecimentos recentes em âmbito mundial, nacional e, por que não, regional.

Não sei bem se o termo certo a ser empregado neste debate é ética, mas sinto realmente que está faltando algo na humanidade. Não quero comparar o tempo de hoje com o tempo de ontem, e nem sequer traçar previsões para o tempo de amanhã, só quero realizar uma simples análise do que tem se tornado a sociedade atual, através das pessoas que a compõem. Haja vista, que acredito que os problemas sociais que enfrentamos hoje sempre existiram, só que eram mais velados, menos divulgados, menos escancarados, ou seja, mantidos sobre o silêncio ético...

Observo no meu dia a dia que as pessoas não se preocupam com convenções. Não que eu as ache necessárias para estruturar uma sociedade, mas é que o acaso tem se tornado regra e não mais “acaso”. Os indivíduos não se preocupam com o próximo e com o que pode lhe fazer bem ou mal, proporcionar amor ou ódio, prazer ou revolta. O máximo que se faz diante da notícia de que um indiozinho de 09 anos teve a cabeça queimada inescrupulosamente por um indivíduo semelhante a ele, é lançar uma exclamação de lamento.

“Simples assim”: se não conheço meu próximo, não preciso me importar com ele.

O ser humano é o único capaz de deixar seu semelhante morrer de fome, frio, sede, sem abrigo, sem as mínimas condições de vida. O máximo que a maioria destes seres humanos faz pelos seus semelhantes é se contristar, entristecer-se, resignar-se com sua miséria. Ações, bom, ações isso é com o setor Público, afinal colocamo-los lá para isso, ou não?

Vou, então, concordar com quem declarou que num futuro próximo a ética terá mais valor que um diploma de Graduação, bem como o respeito ao próximo, a cidadania, o amor desmedido e desinteressado, a compaixão e o prazer em servir ao próximo, mas aquele próximo que nem conhecemos.

O único problema que vejo nesta perspectiva futura é designar aquele, ou aqueles que transmitirão os valores éticos tão imprescindíveis a esta sociedade da qual somos parte integrante hoje.

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