terça-feira, 29 de dezembro de 2009

8.766 HORAS NOVINHAS


Desde sempre ouço dizer que o tempo é a gente quem faz, que quem vive reclamando que não tem tempo é porque não sabe se organizar e tal. Eu mesma, confesso, já repeti essa máxima diversas vezes.

A verdade é que sempre fui polivalente. Sempre fiz um monte de coisas ao mesmo tempo. Sempre. E, desta forma, as horas vagas iam se acumulando e davam a impressão de um tempo de sobra.

Recentemente, mesmo continuando fazendo um monte de coisas ao mesmo tempo, mais polivalente que nunca, um outro monte de coisas tem ficado sem fazer. Há apenas dois dias de fechar o ano, sinto que o tempo não está a meu favor (tá bom, tá bom, eu sei que o tempo é imparcial, mas é a impressão que tenho). A impressão que tenho é que algumas coisas que deveriam ser finalizadas ainda este ano ficarão à deriva. Não é que fui displicente, é que o tempo faltou mesmo (ou eu que não dei conta dele?).

Tempo, tempo, tempo... como viver sem contá-lo, como contá-lo para viver. Bom mesmo seria vivermos sem nos darmos conta dele, perceber apenas o nascer e o pôr-do-sol, não precisar organizá-lo em dias, semanas, meses, anos...

Então, para que não fique com a impressão de que a imparcialidade do tempo foi mais cruel comigo no ano que se aproxima, prometo ouvir a minha própria ladainha, pois terei em mãos um tempo novinho, esperando apenas que eu me empolgue a utilizá-lo coerentemente.

Serão 8.766 horas disponíveis para eu realizar tudo aquilo que eu planejar e ainda podem sobrar algumas para aventuras inesperadas sem ideia pré-estabelecida.

Serão 365 nasceres de sol prontinhos para que eu faça as minhas coisas e ainda tenha tempo para fazer as coisas de que realmente gosto, sem precisar me enraivar com o tempo e reclamar de sua imparcialidade comigo.

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