domingo, 27 de junho de 2010

CASAMENTO POMERANEO - I

Subi a serra duas vezes esse fim de semana. Primeiro na sexta à noite, depois no sábado à tarde. Fui, a convite da Marcela, participar de um casamento típico Pomeraneo.

Apesar de ser ‘de origem’, ter nascido na terra e já estar na casa dos 30, ainda não tinha participado de um casamento típico e esse foi um dos principais motivos de me aventurar nesses dois dias.

Aventuras, sempre aventuras. Nem mesmo um evento corriqueiro como um casamento deixa de ser uma aventura quando estou evolvida.

A sexta estava gelada e a Mata Fria fez jus ao nome que tem. O céu estava limpíssimo e exibia, com numa grande tela de cinema, uma lua cheia de tirar o fôlego, linda, brilhante e que dava um contorno todo especial às montanhas.

Eu não conhecia muito bem a estrada que é de chão batido, e a Macela fez questão de dizer ao telefone: “Siga a principal, não entre em nenhuma estradinha”. Só que para desespero do Dagoberto, tudo era estradinha. Encruzilhadas, buracos, valetas, até montes de palha de milho na beira da estrada ‘principal’ tinha. E poeira, quanta poeira, que misturada ao sereno, formava uma gosma que não desgrudava.

No casamento éramos meio que celebridades, Marcela e eu, professora e pedagoga que queriam registrar a tradição cultural do casamento típico pomeraneo.

Jantamos a ‘sopa dos pés’ (feita com macarrão – óbvio – e os pés e costelas dos frangos, cujas outras partes seriam servidos no jantar do dia seguinte) e participamos do ‘quebra-louças’, ritual onde os copeiros (amigos dos noivos que ajudam a servir o casamento) quebram pratos aos pés dos noivos e estes depois juntaram os cacos das louças com agilidade e esperteza, assim com juntarão fortuna em sua vida a dois que se inicia ali, celebrados por seus amigos e familiares que os querem tão bem. Tudo regado a muito ‘shinaps’ e música de concertina.

Não demoramos muito para descer a serra de volta para casa. Estava muito frio e as crianças (Dagô e Claudi) ficaram com medo de que um coelho que vimos na beira da estrada comessem as migalhas de pão que eles jogaram no chão para marcar o caminho e, desta forma, ficássemos perdidos no meio da Mata Fria e tivéssemos que nos refugiar na casa de doces do outro lado do rio.

Ah! Tem também as aventuras do sábado, mas isso é outro dia e outra história.

2 comentários:

  1. Rsrsrs

    Suas analogias são fantásticas!
    Espero ansiosa a continuidade...

    Bj

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  2. Hummm... perdi essa parte! :(
    Na próxima eu vou, tá?

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