terça-feira, 8 de junho de 2010

MANHÃ DE OUTONO


O dia amanheceu frio. Gelado, para ser mais sincera. Quando abri a janela, observei que os raios de sol que brigavam para raiar refletiam na neblina e criavam um efeito avermelhado na atmosfera que sugeria um frio ainda maior do que realmente acusava o termômetro.
Preguiçosamente vesti-me e preparei-me para mais um dia comum, com atividades comuns, 'bom dias' comuns, encontros comuns, relacionamentos comuns...
Apreciando o horizonte ainda coberto pela neblina, fiquei a imaginar quando você chegará e encherá meus dias, minhas manhãs e as tornará incomuns? Quando é que voltarei a ver beleza no orvalho que desliza das folhas? Quando é que o som de uma criança desenhará um sorriso em meus lábios? Quando será que o sol será mais quente em minha pele e sua luz mais intensa aos meus olhos? Quando será que voltarei a acreditar no amor e na felicidade pura e simples que este sentimento proporciona?

2 comentários:

  1. Intenso, lacônico e sincero!

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  2. Humm... um pouco enigmático...
    Reflexões p o(a) leitor(a) e a escritora...rs

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