domingo, 28 de março de 2010

HISTÓRIAS


Ouvimos histórias o tempo todo, desde que nascemos, todos os dias, em todos os lugares onde vamos. Algumas histórias, mais que ouvimos, vemos, e outras, de tão intensas, vivenciamos.

As histórias são múltiplas, como múltiplas são suas personagens, seus cenários, seus contextos e seus finais. Há histórias que são contadas por diversas pessoas, numa efusão de sentimentos que se confundem com as histórias individuais de cada um de seus partícipes. Entretanto há aquelas histórias solitárias que são contadas por uma só personagem, num só contexto, com poucas ou nenhuma alteração no cenário. Nem por isso constitui-se de uma história triste, ou mesmo vazia.

Também tem aquelas histórias heróicas, onde as personagens principais são cheias de coragem e enfrentam todos os desafios sem titubear e estão sempre em busca de uma nova aventura, um novo obstáculo a ser transposto, uma nova vitória.

As histórias também são repletas de personagens insossos, inodoros, insípidos. Não claros como a água, pois de tão estáticos, já obscurecidos pela vida.

Entre todas as histórias com as quais me deparei nos últimos tempos, vivi, convivi, apenas observei ou interferi, uma coisa pude constatar, elas não são tantas quanto eu pensava. Muito pelo contrário. Os enredos, que às vezes, parecem tão distintos entre si, são apenas uma sucessão de fatos, uma repetição de histórias, revistas em pequenos pontos como mudanças de algumas personagens, mínimas alterações de cenários e, no mais, a mesma trama, a mesma urdidura.
Eu mesma já me peguei vivendo uma história da qual já ouvira falar antes por diversas vezes, como um “déjà vu”. A diferença, geralmente, encontra-se no final que nem sempre se repete. Acredito que a experiência nos permita percorrer outros caminhos a outros finais.

Talvez a explicação mais óbvia seja que o autor das histórias é o mesmo, e ele insista em repeti-las na esperança de que aprendamos as lições que ele tem para nos ensinar. Salientando, entretanto, que o que é óbvio para mim pode não ser para você.

Um comentário:

  1. É.
    O mundo é uma repetição de histórias desde os primórdios. Basta ler Ilíada, de Homero, e confirmar isso: as mesmas angústias, as mesmas dúvidas, as mesmas certezas!
    Nem tão distante, temos Shakespeare.
    O que muda?
    A
    forma
    como
    é
    escrita,
    contada,
    vivida,
    falada,
    sentida,
    ou...

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