segunda-feira, 29 de março de 2010

VALORES


Como medir o índice de aceitação de alguém, ou saber se você é bem quisto ou visto, pelas pessoas com as quais convive? Melhor ainda, em que saber o quanto você é apreciado (ou não) pode influenciar na sua vida? Como definir, então, qual é, de fato, o seu valor?

As respostas podem ser múltiplas, dependendo da direção que tomam os questionamentos.

Saber o que uma pessoa pensa de você e dar peso a esta informação necessita, também, saber quais os valores que esta pessoa dá à própria vida, conhecer seus pesos e medidas, suas influências sociais, psicológicas, afetivas e até mesmo financeiras e, porque não, também seus pré conceitos estabelecidos sem critério algum de julgamento.

Tem uma historinha que conta que um jovem muito atordoado com sua imagem, saiu perguntando pelo mundo qual seu próprio valor. A cada resposta recebida, decepcionava-se ainda mais e o atordoamento crescia.

Em dado momento o jovem chegou-se a um sábio e questionou-lhe sobre seu valor. O sábio então disse- lhe que o responderia, mas antes ele teria que fazer-lhe um favor. Ávido pela resposta ao seu questionamento e, enfim, acabar com o seu sofrimento, o jovem prontificou-se a realizar o pedido do sábio que consistia em levar um belíssimo anel até a cidade e vendê-lo por não menos que uma moeda de ouro.


Entretanto, quando o jovem passou a oferecer o anel aos comerciantes e demais pessoas da cidade, eles riam do valor pedido pelo jovem, dizendo que este não valeria mais que uma moeda de prata.

Triste o jovem voltou ao sábio, receoso por não ter vendido o anel e, com isso, não obter a resposta tão almejada. O sábio, então, deu-lhe mais uma chance e pediu-lhe que se dirigisse à cidade mais distante e procurasse um determinado joalheiro e oferecesse-lhe o anel, lembrando de não vendê-lo por menos de uma moeda de ouro.

Um tanto quanto desanimado, o jovem partiu ao encontro do joalheiro e quão admirado ficou quando o joalheiro disse-lhe que aquela era uma jóia valiosíssima e que valia mais que dez moedas de ouro.

Agora feliz, o jovem voltou ao sábio não apenas com o resultado da sua venda, como também com a resposta ao questionamento que o atormentava há tanto tempo: “a única pessoa que pode dizer-me qual é meu real valor é aquela que realmente me conhece, e quem me conhece melhor que eu mesmo? Quem senão eu posso medir e definir meu próprio valor?”

Por isso, sempre lembro-me desta historinha quando sou avaliada por quem não me conhece verdadeiramente, não sabe das minhas lutas e sequer sabe o que vai ao meu coração. Alguém que mal sabe quem eu sou não pode se achar no direito de atribuir-me valor.

3 comentários:

  1. Uau! que texto verdadeiro, Patrícia!
    Qualquer semelhança da historinha com a vida real NÃO é mera coincidência, rs...

    Vemos muito isso em nosso cotidiano: pessoas que têm baixo autoestima, incapazes de mensurar o seus próprios valores, que acabam acatando a opinião alheia (geralmente depreciativa) e, com isso, saem prejudicados desnecessariamente.

    Adorei suas reflexões!
    Bjossssssssssssssss...

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  2. Lerbarch...

    Seu texto me fez lembrar de uma dinânica que uma professora querida fez com a gente no finalzinho do curso de Pedagogia na turma de Orientação Educacional. Ela pediu que nós escrevêssemos no papel o nome de uma pessoa, a qual nós admirássemos e noutro o nome de uma pessoa a qual nós não tivéssemos afeição, simpatia, admiração, da qual nós não gostássemos.

    Depois de uma breve reflexão e análise ela pediu que nós analisássemos bem o que nós admirávamos e o que repudiávamos naquelas pessoas e que aquilo que víamos, no fundo, no fundo o que nós gostávamos e não gostávamos em nós mesmos.

    É interessante fazer essa análise para nós mesmos nos conhecermos através do que pensamos e vemos nos outros...

    Um outro exemplo: quando nos é direcionado um elogio, só o recebemos e nos apossamos dele se a pessoa que o fez estiver em alta na nossa quota de aceitação, no nosso coração. O mesmo acontece com uma crítica, só prestamos atenção nela e pesamos, se damos importância a quem a fez.

    Outra coisa é o nosso estado de espírito, a nossa autoestima. Eles interferem e muito na recepção dos 'julgamentos' que fazem da gente. Como diz aquela palestrante, que esqueci o nome agora, podemos ser xingadas ou elogiadas, nós podemos escolher o que queremos ouvir!

    Pense nisso, meu anjo!!

    Bjão

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  3. Penso, e muito, talvez seja esse o maior problema...

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