Tive muitos problemas respiratórios na infância e lembro-me como se tivesse sido ontem ele e minha mãe voltando da farmácia, onde foram comprar uma das levas dos meus remédios, ele rindo no pé da escada ao dizer que eu teria que tomar injeção. Ele ria, juro para vocês. Ria da minha desgraça.
Como era bem pequenina, não sabia muito bem o que era injeção, mas a risada sarcástica do meu irmão levantou-me a suspeita de que não seria nada agradável.
Para ir à farmácia tive que ser levada pelo papai (e o meu irmão atrás, saltitando e rindo). A dor da injeção, com toda certeza foi bem maior devido às tenebrosas expectativas e, na medida em que o tempo foi passando, tive que acostumar-me com as agulhadas, porque o tratamento contra a alergia durou muitos anos.
Não fiquei curada da alergia. O meu irmão não ri mais sarcasticamente dos meus infortúnios. Mas jamais esqueci as temíveis injeções e hoje, quando preciso ser furada por aquela agulha seguida de uma seringa, alguém precisa ir junto comigo. Não precisa segurar minha mão, basta apenas ficar do meu lado e, por favor, não ria, principalmente se for sarcástico.
Sacanagem
ResponderExcluirNão ria não e muito menos sarcasticamente!
[resposta do meu irmão via e-mail]
Vc acredita nele, nessa altura do campeonato? rsss...
ResponderExcluirVc sabe bem qual é minha opinião em relação a acreditar nas pessoas [em qualquer altura do campeonato]. Mas tb não vamos discutir sobre isso.
ResponderExcluirQ tal um vinho mais tarde e uma partida de xadrez?