Foram 12.783,75 dias (é possível contar 0,75 de um dia? Deve ser...). Não vou calcular horas, minutos, nem ao menos os passos que dei (esses seriam impossíveis de calcular). Para falar a verdade, nem sei por que calculei os dias, acho que queria saber mesmo quantos foram.
Pensei em fazer uma retrospectiva desses dias e colocar aqui, mas achei que viraria um livro, dada minha propensão para detalhes. Então sugeriram-me descrever as fases desses meus dias “não de uma forma triste, mas alegre e divertida”, mas a ideia também não veio.
Minha vida mudou muito nos últimos tempos e se é para falar de fases, acho que essa é uma das melhores, daquelas onde a gente realmente consegue abrir os olhos e ver as verdades que nos são escondidas, não por alguém, mas por nós mesmos.
Mesmo tendo aprendido a dar conta da minha vida desde cedo, só senti o verdadeiro peso dessa situação agora, prestes a fazer 35. Talvez porque agora eu tenha que dar conta, sozinha, da vida de duas pessoas. Só que isso não é negativo, muito pelo contrário, me fez crescer ainda mais.
Vejo as pessoas com outros olhos, as situações por ângulos diversos, os problemas por perspectivas inferiores e a vida com mais brilho, mais cor, mais som, mais textura e até mais perfume.
Aprendi a valorizar todos os momentos como especiais, todas as pessoas como possíveis amigas, todas as divagações como possíveis aprendizados, todos os dias como mais uma oportunidade para viver uma nova aventura e ser feliz.
Acho que é isso. Jamais poderia imaginar há 10, 15 anos como se desenharia minha vida hoje, mas posso dizer que gostei do curso que as coisas tomaram e melhor ainda, que este curso está delineando uma nova vida pela frente, cheia de expectativas e a certeza de que o mundo é mesmo um lugar muito bom de viver, depois que aprendemos algumas lições.
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