sábado, 9 de janeiro de 2010

OS BONS MORREM JOVENS


Já dizia Renato Russo que “é tão estranho, [mas] os bons morrem jovens”. Entretanto, por mais que eu tente e que o tempo faça sua parte, eu não consigo entender. Aceitar sim, não há opção para isso, mas entender não é assim tão fácil.

Sempre que me lembro de você, lembro-me do seu sorriso largo, sua voz melodiosa, suas brincadeiras, sua alegria irradiante, sua leveza de ser. Em minha lembrança só recordo de lágrimas percorrendo seu rosto uma única vez, e naquele dia você me abraçou apertado e disse que mudaria sua vida.

A tristeza não fazia parte do seu dia a dia, mas ela lhe fez uma visita num momento em que nós nem desconfiávamos, mas era em meio a uma situação criada por Deus com o objetivo de nos prepar para a sua partida.

Aceito, mas não entendo. Isso não.

Você nunca pareceu tão maduro quanto naqueles dias. Estava tão consciente de sua necessidade, de sua vida, de nós em seu contexto... mas você “acabou indo embora, cedo demais”.

Em seus olhos cor-do-céu podia ver a sabedoria não compreendida, o jeito de ver a vida da forma mais simples possível, de resolver os problemas sem grandes complicações, de enfrentar o desconhecido, se aventurar, sem falar na necessidade de viver intensamente todas as emoções, se possível ao mesmo tempo, pois parecia que você não teria tempo de esperar cada uma à sua vez. E não teve mesmo.

Aceito, mas não entendo e “continuo aqui. Meu trabalho e meu amigos. E me lembro de você dias assim: dias de chuva, dias de sol. E o que sinto, não sei dizer...

Vai com os anjos, vai em paz”!

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